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Agricultura

Em nota, Fetag retira apoio ao movimento dos caminhoneiros

Em nota, Fetag retira apoio ao movimento dos caminhoneiros
  • 29/05/2018 - 16:42
Diante dos prejuízos milionários que se acumulam e da insensibilidade em liberar a passagem de cargas com produtos perecíveis em alguns pontos do Estado, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS) retirou o apoio à mobilização dos caminhoneiros. No último dia 23, a entidade havia oficializado apoio aos caminhoneiros, no entanto, contava com a passagem de veículos com leite, ração e animais vivos.  
Confira a nota:
A Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (FETAG), desde o início da mobilização dos caminhoneiros manifestou apoio à pauta, por entender que essa era a mesma dos agricultores. O êxito obtido na reivindicação do diesel, por exemplo, atende a reivindicação da agricultura familiar.
No entanto, decorridos nove dias de paralisações, constatamos que a greve tomou um rumo que traz a perda de controle das mobilizações, passando a ter um foco político-ideológico. Mais de 100 mil famílias, que produzem leite, suíno, frango e hortifrutigranjeiros estão perdendo toda a produção.
Diante deste contexto, a FETAG-RS não pode mais concordar com uma manifestação que traz prejuízos desta magnitude para os agricultores. Assim, a ORIENTAÇÃO da FETAG-RS, neste momento, é que haja serenidade e que os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais retirem o apoio das mobilizações.
A FETAG-RS conclama ao comando das mobilizações para desobstruir a passagem de caminhões com produtos dos agricultores, além de insumos e rações para que a indústria possa retomar a produção.
A FETAG-RS entende que não pode colocar produtor contra produtor e o prejuízo para a agricultura familiar está muito grande e sem precedentes.
Então, a partir de agora, a FETAG-RS orienta para a retirada de apoio à greve dos caminhoneiros, enquanto não for normalizada a passagem da produção dos agricultores.
Os agricultores não podem pagar a conta da incompetência dos nossos governos e de uma mobilização sem controle.
A DIREÇÃO
Porto Alegre, 29/05/2018
Fonte: Reda