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com JEFERSON PERCOSKI

Agricultura

Queimadas na Amazônia ameaçam exportações do agronegócio

Queimadas na Amazônia ameaçam exportações do agronegócio
Corpo de Bombeiros do Estado do Mato Grosso do Sul
  • 26/08/2019 - 13:12
A repercussão internacional das queimadas na Amazônia preocupa segmentos exportadores da economia brasileira. O agronegócio, por exemplo, teme que o avanço do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia (UE) seja comprometido. Anunciado no fim de junho, o acerto entre os blocos resultou de 20 anos de negociações, mas ainda precisa da aprovação dos parlamentos das nações envolvidas. 
A questão ambiental é o novo álibi para países como a França tentarem postergar ou até mesmo reverter o acordo. O recente acordo acertado entre Mercosul e União Europeia traz cláusula com o princípio da precaução, que prevê ações no sentindo de garantir a origem dos produtos como sendo de áreas livres de desmatamento.
A União Europeia é o segundo maior comprador do agronegócio brasileiro, tendo sido o destino de 17,6% das exportações do setor neste ano. Fica atrás apenas da China. 
Na última sexta-feira (23), a Finlândia, que está na presidência rotativa da UE, disse que pretende encontrar uma forma de fazer o bloco banir a importação da carne bovina brasileira por causa da questão ambiental.
O ex-ministro da Agricultura e uma das lideranças do setor no Brasil, Blairo Maggi, disse que o país ficou com a imagem bastante arranhada. Eleitor de Bolsonaro, ele avaliou que os produtores rurais terão "muito trabalho pela frente" para voltar a ter credibilidade no comércio internacional.
O analista de mercado Argemiro Brum disse que o temor do setor é justificado pois alguns países podem impor novas barreiras comerciais aos produtos brasileiros. Em entrevista na Colonial, o economista afirmou que o acordo entre Mercosul e União Europeia deve ficar “congelado” por um bom tempo em razão desta nova situação. Ele acredita também que investimentos no país possam ser cancelados:
 
Fonte: Reda