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com PAULO MARQUES - ALEXANDRE DE SOUZA

Política

Assembleia levará ao governador protocolo da Fecomércio para reabrir atividades comerciais

Assembleia levará ao governador protocolo da Fecomércio para reabrir atividades comerciais
Site da Assembleia Legislativa do RS
  • 07/04/2020 - 12:36
  • Atualizado 07/04/2020 - 20:20

Apresentado em videoconferência do Fórum de Combate ao Colapso Social e Econômico, na tarde desta segunda-feira (6), o protocolo de funcionamento dos estabelecimentos comerciais elaborado pela Fecomércio RS será encaminhado pelo presidente da Assembleia Legislativa, Ernani Polo (PP), ao governador Eduardo Leite (PSDB).

O objetivo do documento da entidade é orientar empresários do setor de comércio, serviços e turismo sobre formas de evitar o contágio do coronavírus dentro dos estabelecimentos, com destaque para a intensificação do uso de máscaras, e servir de base para que Leite reavalie a política de fechamento das atividades comerciais no Rio Grande do Sul, por meio de uma retomada gradativa.

No material, os empresários são esclarecidos sobre o vírus e suas consequências no organismo dos infectados e no sistema de saúde. Também são sugeridas medidas de prevenção destinadas aos trabalhadores e ao público dentro dos estabelecimentos. “Esperamos retomar as atividades o mais breve possível, dentro do protocolo de segurança que está sendo apresentado, mas quem vai decidir são as autoridades de saúde”, comentou o presidente do Sistema Fecomércio, Luiz Carlos Bohn, na quarta reunião do Fórum.  

O presidente da Assembleia comentou que a proposta da Fecomércio, com protocolos a serem cumpridos e recomendação para o uso de máscaras, traça um caminho a ser seguido para contribuir à retomada gradual dos serviços, com os devidos cuidados com a saúde da população. Segundo ele, há distorções, especialmente nas pequenas cidades, onde a mobilidade se dá de forma diferente: a pé, de bicicleta, de carro. “Vamos levar ao governo do Estado este protocolo técnico elaborado pela Fecomércio, que estabelece regras e critérios de saúde para que possamos avançar na busca do retorno gradual de áreas do comércio e serviços, respeitando as recomendações sanitárias. Também levaremos adiante as manifestações dos colegas deputados no sentido de aumentar a transparência na divulgação das bases técnicas e na ampliação do comitê de crise”, informou. 

Polo finalizou dizendo que o Parlamento seguirá cumprindo com a missão de ouvir o sentimento da sociedade, preocupado com a cadeia alimentar e com a avaliação imediata dos protocolos para a retomada dos setores produtivos, do comércio, serviços e indústria, observando os cuidados com a saúde da população. “O desemprego afeta o bem-estar da população, provoca fome e aumenta a criminalidade, fatores que colocam em risco a vida das pessoas”, analisou Ernani Polo.

A presidente da Federasul, Simone Leite contou que vem recebendo relatos desesperadores de empresários de todo o Estado: “Muitos estão doando arroz para pessoas que não têm o que comer já. Vemos os grandes supermercados vendendo de tudo, com as pessoas consumindo, porém como é que ficam os pequenos empreendedores? Os presos estão sendo soltos. Daqui a 30 dias o Estado não terá dinheiro para pagar o parcelamento dos seus servidores”, alertou. Segundo ela, há relatos de ambulantes atuando em praças de Pelotas enquanto o comércio local está impedido de abrir as portas.

Protocolo

No guia formulado pela Fecomércio, está uma série de medidas, como por exemplo flexibilizar local e escala de trabalho para reduzir uso de transporte coletivo nos horários de pico, avaliar a criação de novos turnos para reduzir contato social na empresa e de home-office em dias alternados por equipes, reduzir reuniões presenciais e viagens, estimular reuniões virtuais, restringir o acesso ao público externo, estabelecer diferentes turnos de refeição e tornar mais rigorosa a limpeza e desinfecção frequente de superfícies de equipamentos e mobiliário. Nos estabelecimentos pequenos, uma alternativa sugerida é manter apenas uma entrada para os clientes, controlada por um funcionário com máscara, individualizando o atendimento. Com fila externa, respeitar distância de dois metros entre as pessoas. Para os estabelecimentos comerciais maiores, uma alternativa é estabelecer jornada reduzida de atendimento ao público, entrada regulada de pessoas ao interior, colocação de sinalização no chão informando a distância mínima entre clientes, avisos sonoros (informando as recomendações durante a pandemia, importância de manter o distanciamento no interior do estabelecimento), barreiras físicas entre funcionário e cliente.  

Fonte: Maicon Bock/Assembleia Legislativa do RS