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EXPRESSO 94

com JEFERSON PERCOSKI

Saúde

Na 3ª rodada do Distanciamento Controlado, três regiões passam de laranja para bandeira amarela

Na 3ª rodada do Distanciamento Controlado, três regiões passam de laranja para bandeira amarela
Site do Governo do Estado do Rio Grande do Sul
  • 24/05/2020 - 12:21

A terceira atualização do Distanciamento Controlado manteve a maior parte do território gaúcho com risco epidemiológico médio para o novo coronavírus: 12 de um total de 20 regiões foram classificadas com a bandeira laranja no levantamento realizado e divulgado neste sábado (23/5). Na rodada anterior, eram 15 nesta situação.

A principal mudança ocorre em três regiões que estavam com cor laranja e tiveram nível de restrição reduzido. Uruguaiana, Capão da Canoa e Santa Cruz do Sul recebem a bandeira amarela. Assim, o Estado passa a ter oito regiões com risco baixo.

O RS permanece sem bandeira vermelha (risco alto) ou preta (risco altíssimo). Para consultar o mapa com a cor de cada cidade, acesse o site https://distanciamentocontrolado.rs.gov.br.

As novas bandeiras e os respectivos protocolos que regram o funcionamento (ou não) de mais de cem atividades econômicas são válidas a partir de segunda-feira (25/5) até o domingo seguinte (31/5).

Clique aqui e acesse o terceiro levantamento.

A mudança anunciada durante a semana pelo governador Eduardo Leite no cálculo do Distanciamento Controlado, que seria adotada somente a partir da próxima rodada, já foi aplicada neste sábado. Com isso, apenas os casos de Covid-19 que geraram hospitalização foram usados para medir a propagação do vírus levando em consideração os seus locais de residência.

Até então, o governo vinha usando todos os casos confirmados por testes moleculares (RT-PCR) para medir dois dos 11 indicadores usados no cálculo de risco: velocidade do avanço, que mede o número de novos casos confirmados em relação aos casos anteriores, e incidência de novos casos na população, que mede os novos casos nos últimos sete dias para cada 100 mil habitantes. 

No entanto, o dado vinha gerando distorções entre as regiões, aumentando o nível de risco e de restrição para aquelas que vinham realizando um número maior de testes. Por isso, segundo Leite, foi necessário antecipar a alteração, que foi levada ao grupo técnico de saúde do Comitê de Análise de Dados, tendo sido estudada e avalizada por especialistas.

“Por se tratar de um modelo inédito e inovador, nós viemos desde o início fazendo análises constantes e coletando sugestões para aprimorá-lo. Essa alteração surgiu desse monitoramento e diálogo com prefeitos e especialistas”, destacou o governador durante transmissão pela internet na quarta-feira (20/5).

“Com a mudança, melhoramos a comparabilidade entre as regiões, porque a definição de hospitalização por SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) é mais estável do que os exames aplicados pelos municípios e a notificação é compulsória, ou seja, o exame tem de ser obrigatoriamente lançado no sistema, não oferecendo possibilidade de que uma redução ou aumento na testagem ou a subnotificação impactem no cálculo. Com isso, temos um resultado mais fiel ao que efetivamente está acontecendo no RS e podemos aplicar restrições na proporção necessária”, afirmou Leite.

Principais mudanças no mapa

Entre as três regiões que passaram de risco médio (laranja) para baixo (amarela), está a de Uruguaiana, que sofreu a redução no nível de restrição pela melhora de quatro indicadores, que passaram de laranja para amarela – redução do números de casos confirmados em UTI, redução de óbitos proporcionalmente à população e variação no número de leitos de UTI disponíveis para atender Covid-19 na região e no Estado.

A região de Capão da Canoa passou para bandeira amarela porque a soma do número de casos confirmados internados com SRAG nos últimos 14 dias foi menor ou igual a cinco. Além de ter registrado redução de óbitos proporcionalmente à população e variação do número de leitos UTI disponíveis.

Em Santa Cruz do Sul, a região teve risco reduzido para bandeira amarela devido à melhora de quatro indicadores, que passaram do laranja para o amarelo: reduziu o número de internados por SRAG, melhorou a relação de casos ativos/recuperados, aumentou o número de leitos disponíveis para pessoas com mais de 60 anos, e melhorou o número de leitos de UTI na região e leitos de UTI no Estado.

Fonte: Site do Governo do Estado do Rio Grande do Sul