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Saúde

Benvegnú diz que gestão compartilhada do Distanciamento Controlado não significa liberou geral

Benvegnú diz que gestão compartilhada do Distanciamento Controlado não significa liberou geral
  • 24/08/2020 - 13:11

Após ser classificada preliminarmente em bandeira vermelha pela segunda vez consecutiva na atualização do modelo de distanciamento controlado na sexta-feira, dia 21, a região vai adotar o modelo de gestão compartilhada. Em reunião virtual, na quinta-feira, prefeitos da Associação dos Municípios da Fronteira Noroeste (Amufron) aprovaram de forma unânime a elaboração de um plano estruturado de prevenção e enfrentamento ao novo coronavírus específico para a região.

Assim, os municípios da região poderão definir protocolos próprios para cada setor econômico de acordo com suas peculiaridades. Para isso já foi criado um comitê técnico regional, composto por médicos, professores universitários, vigilância sanitária, enfermeiros e outros profissionais da Saúde, que vai justificar as medidas com embasamento científico e dados epidemiológicos. Os pareceres elaboradores pelo grupo técnico serão encaminhados à entidade municipalista.

Na prática, a associação regional poderá adotar protocolos mais brandos à bandeira na qual está classificada, mas no mínimo iguais à bandeira anterior, classificada em bandeira vermelha, a região pode adotar protocolos da bandeira laranja, por exemplo, e, no caso de preta, as regras mínimas seriam da bandeira vermelha.

O coordenador do comitê, Luís Antônio Benvegnú, que é vice-prefeito de Santa Rosa e tem doutorado em Epidemiologia, a adoção de regras próprias não significa que haverá flexibilização de todos os setores econômicos. As análises dependerão da velocidade de propagação do vírus e a taxa de ocupação de leitos de UTI’s. Benvegnú lembra que até o momento a oferta de leitos tem sido suficiente para atender a demanda, o que dá uma certa tranquilidade aos gestores municipais. Porém, ele alerta que existe o risco de o número de pacientes que necessitam de hospitalização superar à capacidade do sistema de saúde.

- Vamos analisar os dados e encaminhar aos prefeitos. Nosso objetivo é evitar que pacientes fiquem sem leito na região e, ao mesmo, tempo manter as atividades econômicas com segurança - explica Benvegnú.

O médico acredita que a região deve atingir o pico de casos de Covid-19 entre as próximas quatro ou seis semanas. A tendência é que ao longo de setembro a transmissão da doença estabilize e, talvez, até mesmo a curva de casos e óbitos comece a cair, proporcionando maior flexibilização das atividades econômicas.

Ele reforça que enquanto não surja um medicamento com eficácia comprovada, ou então apareça uma vacina, as medidas de prevenção precisam ser rigorosamente obedecidas e as pessoas permanecerem distantes umas das outras durante o tempo máximo possível.

Fonte: Redação