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Educação

Governo Eduardo Leite desiste de retorno ao ensino presencial em 31 de agosto

Governo Eduardo Leite desiste de retorno ao ensino presencial em 31 de agosto
Site do Governo do Estado do Rio Grande do Sul
  • 25/08/2020 - 14:46

Após quase quatro horas de reunião, o governo do Estado desistiu, nesta terça-feira (25), da sua proposta inicial de volta às aulas presenciais a partir de 31 de agosto. Ficou acertado com a Federação das Associações dos Municípios (Famurs) que uma nova data será definida pelo governador Eduardo Leite em reunião com o colegiado do executivo na quinta-feira (27/08).

A decisão atende a pedidos de municípios encaminhados por meio do presidente da Famurs, Maneco Hassen. Nova reunião com prefeitos sobre o tema será realizada dia 1º de setembro.

O novo cronograma será construído exclusivamente pelo governo do Estado e, segundo o secretário de Articulação e Apoio aos Municípios, Agostinho Meirelles, deve prever a retomada de aulas presenciais ainda na primeira quinzena de setembro.

– Não será no dia 31. Será decidido pelo Gabinete de Crise e informado pelo próprio governador. Acreditamos que seja ainda no mês de setembro, na primeira quinzena – disse Meirelles, acrescentando que a decisão deve ser tomada e anunciada na quinta-feira (27).

Segundo Meirelles, o governo segue trabalhando com a mesma ordem de retorno das etapas de ensino. Com isso, voltaria primeiro a Educação Infantil, seguida pelo Ensino Superior, Ensino Médio/Técnico e, por último, Ensino Fundamental.

Na reunião, o epidemiologista Wanderson Oliveira apresentou estudo sobre os impactos da pandemia e reflexos socioeconômicos e educacionais com a reabertura das escolas em 13 países. A pesquisa foi coordenada pelo ex-secretário Nacional de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde Fabio Jung, médico da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Wanderson Oliveira destacou na apresentação que países mais desenvolvidos priorizaram a retomada das aulas presenciais a partir das crianças do ensino infantil pelo menor risco de gravidade. "É um exercício que está se fazendo para a retomada das aulas. Cabe aos gestores decidir e eu estou apresentando evidências que podem contribuir para esta decisão", afirmou Wanderson.

O governo mantém a ideia de permitir a retomada presencial apenas para municípios que estejam em regiões classificadas com as bandeiras amarela e laranja.

Fonte: Redação