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EXPRESSO 94

com ELISIANE LUDWIG

Saúde

Descontente com decreto, setor de eventos cobra liberação de bailes e shows

Descontente com decreto, setor de eventos cobra liberação de bailes e shows
Reprodução
  • 23/09/2020 - 10:34
  • Atualizado 23/09/2020 - 12:44

Publicado pelo governo gaúcho nesta terça-feira (22/19), o decreto que autoriza a realização de algumas modalidades de eventos corporativos em todo o Rio Grande do Sul desagradou o setor. Os promotores de eventos não esperavam as limitações de público e de trabalhadores. Além disso, cobra a liberação de atividades de entretenimento com restrições, como espetáculos e shows, por serem as que mais movimentam recursos e geram empregos no segmento. As informações são do Jornal do Comércio.

Embora reconheçam que a publicação do decreto representa um importante passo para desencadear a desejada retomada gradual do setor, parado há mais de seis meses, representantes da área criticam o fato de a regulamentação impor um teto máximo de participantes nos eventos, que varia de 100 a 300 pessoas, já que os protocolos sugeridos pelo setor consideravam um percentual de acordo com a lotação de cada casa de evento.

Representante da União das Bandas de Baile do Estado, Marconi Voss, vocalista da Banda Rota Luminosa, de Tucunduva, defende a possibilidade de serem liberadas apresentações musicais em salões e clubes sem pista de dança, mediante normas de segurança, cuidados sanitários e limitação e distanciamento de pessoas, para permitir que as bandas voltem a trabalhar. Segundo ele, há mais de 2 mil bandas musicais e tradicionalistas sem atuar desde março no Rio Grande do Sul.

O segmento defende a possibilidade de promover eventos em cidades com bandeira amarela e laranja do distanciamento controlado, com teto de 50% e 75% de público, respectivamente, de acordo com a classificação de risco da região.

- Queremos ter a oportunidade de trabalhar e das pessoas voltarem a se divertir, com distanciamento, sem dança, com venda de ingressos limitados e toda a organização necessária. Por que um shopping pode aglomerar gente e um evento organizado não pode ocorrer? - questiona o músico, que também aponta a realização de eventos clandestinos em diversas partes do Estado, sem a mínima segurança e controle.

Para expressar o descontentamento do segmento, duas mobilizações estão sendo organizadas. No domingo (27/09), a partir do meio-dia, músicos e representantes de bandas de baile e grupos tradicionalistas farão uma concentração no estacionamento do Parque da Harmonia para cobrar a liberação de eventos com restrições.

Na segunda-feira (28), a partir das 9h, o mesmo grupo pretende sair do local em caminhada até o Palácio Piratini, onde espera ser recebido pela equipe do governo para tratar da questão.

Chamada de "Grande Manifestação pela Volta do Entretenimento", o movimento é denominado Unidos pela Volta do Entretenimento do RS e integra Sindiclubes, Associação dos Músicos do RS (Assmusr), União das Bandas de Baile, Associação Gaúcha de DJs, Confraria da Música, União das Casas de Festas e Eventos e Sociedade Amigos de Capão da Canoa (SACC), representando as associações de clubes do Litoral Norte.

Fonte: Redação