Ouça agora

CORRESPONDENTE REDE GAÚCHA SAT

com REDE GAÚCHA SAT

Saúde

Sem bandeira preta, mapa preliminar indica 20 regiões com alto risco de contágio para coronavírus

Classificação indica 96,4% da população na cor vermelha, com apenas Guaíba em laranja

Sem bandeira preta, mapa preliminar indica 20 regiões com alto risco de contágio para coronavírus
Apenas a região de Guaíba foi classificada em bandeira laranja, de risco médio - Governo do RS / Divulgação
  • 19/12/2020 - 07:39

O mapa preliminar da próxima semana no Rio Grande do Sul coloca 20 das 21 regiões gaúchas em bandeira vermelha, que indica risco alto de contágio para o coronavírus no modelo de distanciamento controlado. Assim, 96,4% da população gaúcha está na cor vermelha. Apenas a região de Guaíba foi classificada em bandeira laranja, de risco médio. O anúncio foi feito pelo governo do Estado na tarde desta sexta-feira (18).
O mapa definitivo será divulgado na próxima segunda-feira (21), e valerá de terça (22) até segunda (30). Estão na cor vermelha as regiões de Cachoeira do Sul, Canoas, Capão da Canoa, Caxias do Sul, Erechim, Ijuí, Lajeado, Novo Hamburgo, Palmeira das Missões, Passo Fundo, Porto Alegre, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Santa Rosa, Santo Ângelo, Taquara, Uruguaiana, Bagé, Pelotas e Cruz Alta.

O cenário, de acordo com o Executivo, segue refletindo o alto índice de contágio do coronavírus no Estado. Mesmo com a mudança nos indicadores da macrorregião Sul, alterando de bandeira preta para vermelha as regiões de Bagé e Pelotas, o RS segue em "alerta máximo", destacou o governo em material divulgado.

Conforme o governo, embora tenha sido observada redução de 4% (de 1.375 para 1.316) no número de internados em leitos clínicos confirmados com covid-19, pacientes em leitos de UTI aumentaram 2% (de 915 para 935). A elevação nos óbitos chegou a 20% (de 409 para 490) entre as últimas duas quintas-feiras, o que representa o maior patamar desde o início do modelo. Houve abertura de cerca de 60 leitos de UTI no Estado.
Na última terça-feira (15), voltou a valer o sistema de cogestão regional, que ficou suspenso durante a primeira quinzena de dezembro. Até o momento, 18 das 21 regiões covid aderiram à cogestão, e adotam protocolos próprios, elaborados pelas associações regionais de cada região, aprovados pelo Executivo estadual.

Além da possibilidade de adotarem protocolo próprio, as regiões ou municípios que não concordarem com a classificação preliminar do governo podem enviar pedido de reconsideração ao Estado até as 6h de domingo (20).

Regiões saem da bandeira preta
Após serem classificadas em bandeira preta - o nível mais elevado de risco no modelo de distanciamento - na última semana, as regiões de Bagé e Pelotas, na macrorregião Sul, retornam à cor vermelha no mapa preliminar desta rodada. A alteração se deve à queda de alguns indicadores que compõem o modelo, segundo o governo.

A macrorregião Sul, conforme o Executivo, teve aumento no número de leitos de UTI livres, de 15 para 22, bem como reduziu o número de internados em leitos clínicos por coronavírus, de 102 para 80, e de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), de 74 para 63. Contudo, o número de internados em leitos de UTI Covid-19 na quinta-feira (17/12) se manteve com 50 – mesmo indicador da semana passada.

Nos indicadores por município, Bagé registrou queda no número de óbitos (de 10 para seis) e hospitalizações (de 23 para 18). O município de Pelotas também teve reduções: de 41 para 33 óbitos e, menos expressiva, de 87 para 86 hospitalizações.

Ajuste em indicador
Conforme o governo gaúcho, nesta rodada, o indicador "Ativos/Recuperados" precisou de um ajuste, já que o tempo médio entre a confirmação do caso positivo e a inclusão no sistema está atualmente em mais de oito dias.

"Muitos casos estavam sendo inseridos com tamanho atraso que não estavam sendo contabilizados como ativos, entrando no sistema já como recuperados. Para corrigir essa distorção, o indicador passa a ser calculado com uma semana de defasagem. Assim, casos que ingressam tardiamente ao longo da última semana são agregados como ativos tendo a semana anterior como data de referência", informou o governo.

Postado por Paulo Marques

Fonte: GZH