Pelo menos três linhagens novas do vírus SARS-CoV-2, que causa a Covid-19, circulam na região desde o ano passado. O B.1.1.314 foi identificado em Três de Maio, o B.1.1.119,em Santa Rosa e Giruá e o B.1.1.28 encontrado em Santa Rosa.
O boletim genômico de número 2 foi divulgado nesta sexta-feira (26/02) pela Secretaria Estadual da Saúde, com dados ainda de 2020.
À medida que o vírus se espalha, ele pode sofrer muitas modificações genéticas. Dessas mutações podem surgir novas variantes, linhagens e cepas.
A mutação é uma mudança que ocorre de forma aleatória no material genético de todos os vírus. Essas alterações ocorrem com frequência e não necessariamente deixam o vírus mais forte ou mais transmissível. Por isso, pesquisadores acompanham o caminho das transmissões e fazem um mapeamento do material genético no decorrer da pandemia, uma forma de monitorar as versões que realmente merecem atenção.
O Laboratório Central do estado do Rio Grande do Sul já enviou pelo menos 250 amostras para a Rede Genômica da Fiocruz e foram identificadas mais de 17 linhagens diferentes.
A avaliação detalhada da distribuição de diferentes linhagens em determinada região é fundamental para identificação de variações na transmissibilidade ou gravidade da doença, bem como para desenvolvimento de vacinas ou fármacos. Essas estratégias unem ciência e tecnologia a serviço da saúde da população.
Desde março de 2020 foram identificadas no Rio Grande do Sul 19 linhagens de SARS-CoV-2 circulantes. As linhagens mais frequentes no estado foram as mesmas também identificadas no restante do Brasil: B.1.1.33, B.1.1.28 e P.2.