Ouça agora

BAÚ DA 94

com ALEXANDRE DE SOUZA

Saúde

Exigência de medicamentos de classes diferentes surpreende pessoas com comorbidades

Exigência de medicamentos de classes diferentes surpreende pessoas com comorbidades
  • 10/05/2021 - 21:27
  • Atualizado 11/05/2021 - 06:59

Desde o começo da vacinação contra Covid-19 para o grupo das comorbidades, muitas pessoas com doenças crônicas têm procurado às unidades de vacinação com dúvidas se têm ou não direito a imunização. 

O Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (Cosems/RS) lembra que nem todo maior de 18 anos hipertenso, por exemplo, se enquadra nos critérios determinados pelo Ministério da Saúde para se vacinar neste momento. Há regras específicas para diferentes situações.

O questionamento mais frequente, segundo o Cosems, envolve as exigências mínimas para quem tem hipertensão ser considerado prioritário e como comprovar a condição. 

Na última sexta-feira, quando iniciou a vacinação das pessoas com comorbidades, muitas compareceram às unidades de saúde de Três de Maio sem saber que o governo federal havia determinado três tipos específicos de problemas de pressão, com características próprias, para garantir preferência no processo de imunização. 

— Não basta um laudo dizendo "o paciente é hipertenso e deve se vacinar". É preciso descrever o tipo de hipertensão, qual o grau, se tem lesão em órgão-alvo, para demonstrar que se enquadra.

Em alguns casos, a receita médica, de acordo com uma tabela da Secretaria Estadual da Saúde, deve indicar que, em uma lista com cinco grupos de medicamentos, que o paciente faz uso de pelo menos três classes diferentes. Captopril faz parte de um grupo, por exemplo, enquanto Losartana faz parte de outro, e Hidroclorotiazida (todos remédios anti-hipertensivos comuns), de outro. 

Segundo orientação do Cosems, “hipertensão com menos de quatro medicamentos associados precisa de laudo, pois é necessário especificar o tipo de hipertensão (se é resistente ou com lesão no órgão-alvo)”.

O vereador Diogo Wolff (PT) criticou que estas exigências não foram divulgadas antecipadamente pelo Ministério da Saúde, nem pelo governo estadual ou Prefeitura, o que fez com que muitas pessoas ficassem sem a vacina.

- Mesmo com frio, muitas pessoas foram de madrugada para tomar a tão esperada primeira dose da vacina contra a Covid-19 e não conseguiram. Houve uma falha na comunicação, pois elas perderam tempo - criticou.

Fonte: Com informações do site GZH