A proposta do governo do Estado que prevê reajuste salarial para os professores da rede estadual não ao Cpers Sindicato.
A proposta respeita a correção de 31,3% sobre o novo piso do magistério, e prevê elevação de 32% em todos os níveis do plano de carreira, porém sem uniformidade entre os profissionais da educação. O reajuste previsto elevaria o salário de entrada no Rio Grande do Sul de R$ 3.030 para R$ 4 mil (nível A3) para jornada de 40 horas semanais. No entanto, o aumento não será linear.
Segundo a proposta, que precisa de aval do Legislativo, uma parte do reajuste será viabilizada com a absorção de uma parcela de irredutibilidade, criada com a modificação do plano de carreira, em 2020, de natureza transitória. Ou seja, as vantagens temporais. As demais parcelas autônomas serão preservadas, de acordo com o governo.
Com isto, na prática, os professores na ativa, receberão, em média, 22,5% de reajuste. Os aposentados, como têm mais vantagens temporais, contariam com reposição média de 6,15%.
A presidente do Cpers, Helenir Schürer afirma que haverá injustiça com os professores aposentados, assim como os funcionários de escola não receberão qualquer aumento em seus proventos:
- Ao longo de toda a nossa campanha salarial deste ano, dissemos ao governo com clareza o que queremos: reajuste igual para todos. Hoje fomos surpreendidos com a notícia da Zero Hora sobre a proposta, que é indecente e mexe naquilo que não pode ser mexido, que é a parcela de irredutibilidade.
A dirigente acrescenta ainda que a posição do sindicato já foi colocada ao governo e que a categoria está se mobilizando para um ato no dia 14 deste mês, a fim de pressionar os deputados a não aprovarem o texto.