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Polícia

Leandro Boldrini é condenado a 31 anos e oito meses de prisão por homicídio quadruplamente qualificado do filho Bernardo

O médico e outros três réus já haviam sido condenados em 2019, mas Boldrini teve o julgamento anulado e foi encaminhado a novo júri, que se encerrou nesta quinta-feira (23)

Leandro Boldrini é condenado a 31 anos e oito meses de prisão por homicídio quadruplamente qualificado do filho Bernardo
Reprodução internet
  • 23/03/2023 - 19:38

Pela segunda vez, a comunidade de Três Passos condenou o médico Leandro Boldrini pela morte do próprio filho, o menino Bernardo, aos 11 anos, em 2014. A morte do garoto, que sofreu uma série de negligências e violações por parte da família ao longo da vida, chocou o município de 24 mil habitantes e comoveu Estado e país. 

Tres réus foram condenados em 2019, mas Boldrini teve o julgamento anulado e foi encaminhado a novo júri, que se encerrou nesta quinta-feira (23), no fórum no centro da cidade, com a condenação do médico por homicídio quadruplamente qualificado e falsidade ideológica. Ele foi absolvido do crime de ocultação de cadáver.

O júri começou na segunda-feira (20), no fórum do município. O primeiro ato foi a exibição de vídeos e áudios em que Bernardo grita e pede por socorro repetidas vezes, dentro de casa. O material foi gravado por Boldrini e apagado do aparelho após a morte, mas recuperados pela perícia. O conteúdo foi apresentado pela acusação, a cargo pelo Ministério Público (MP), e embasa outro processo que o casal responde, por tortura. 

Entre falas marcantes e emocionadas, a etapa de depoimento de testemunhas começou na terça-feira (21), com depoimentos da delegada regional de Três Passos, que trabalhou no caso, e de uma vizinha de Leandro na época do crime, além da ex-secretária de Boldrini, que não autorizou exibição de áudio e imagem de seu depoimento.

Na quarta-feira, terceiro dia do julgamento, depuseram uma psicóloga que atendeu Bernardo, e as testemunhas da defesa, como uma babá do menino, pessoas que trabalharam com Leandro e um primo do réu.

Postado por Paulo Marques

Fonte: GZH