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Agricultura

Safra de trigo vai ser a menor dos últimos dez anos

Safra de trigo vai ser a menor dos últimos dez anos
  • 10/10/2017 - 12:58
O Rio Grande do Sul vai ter a menor colheita de trigo dos últimos dez anos. As condições climáticas dos quatro meses de desenvolvimento da cultura não foram favoráveis para as lavouras gaúchas.
Uma combinação de fatores como chuva em excesso, geada e seca prejudicou o cereal. As primeiras lavouras colhidas apresentam produtividade abaixo do esperado e aumento, em relação aos anos anteriores, na incidência de lagartas, necessitando maior aplicação de inseticidas.
No estado onde já se plantou mais de 2 milhões de hectares, nos últimos anos a cultura vem decrescendo. Conforme as estimativas iniciais da Emater, a quantidade de quilos por hectare deve ficar em 2.419. Porém, com as chuvas dos últimos dias as perdas tendem a aumentar ainda mais.
As lavouras em maturação apresentam coloração amarela pouco intensa, com espigas pequenas e baixo potencial produtivo. 
Outro fator que contribuí para a queda na colheita é a desvalorização do trigo no mercado. De acordo com o técnico agropecuário da Emater, Leonardo Rustick, o preço está abaixo do mínimo. A diferença no preço da saca no mercado, se comparado ao da safra passada, chega a R$ 10 a menos. Além disso, a qualidade dos primeiros grãos colhidos está deixando a desejar:
"Não se tem certeza ainda se o produtor poderá vender esse produto para os moinhos".
O agricultor Alessandro Brönstrup, de Três de Maio, tinha a expectativa de que os oitenta hectares de trigo da família rendessem, em média, 50 sacas por hectare. Entretanto, somente neste início de colheita o agricultor já percebeu que a produção não deve passar de 25 sacas por hectare, o que é sinal de prejuízo financeiro.
"Esse ano não vai ser como a gente planejou, em função do tempo e o preço não ajudou muito. Vai ser um ano difícil", lamenta Alessandro.
Conforme a Emater, muitos agricultores terão que solicitar o seguro (Proagro). Técnicos da instituição elaboraram o primeiro laudo de vistoria e aguardam a proximidade da colheita para confeccionar o segundo laudo e, assim, determinar o percentual de perdas na cultura.
 
Fonte: Reda