Nova reunião do comitê científico do governo do Estado com representantes da Federação dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Ministério Público e epidemiologistas, nesta terça-feira (25/08), discutirá o calendário proposto pelo Executivo gaúcho para a volta do ensino presencial. Após os prefeitos firmarem posição contrária ao retorno pela Educação Infantil já na próxima segunda-feira (31), o governador Eduardo Leite aposta na possibilidade de definição conjunta de uma nova data.
Segundo Leite, a reunião desta terça contará ainda com a participação de Wanderson de Oliveira, epidemiologista e ex-secretário nacional Vigilância em Saúde, que trabalhou na equipe do ex-ministro da Saúde Henrique Mandetta, convidado a dar sua avaliação sobre a possibilidade da volta às aulas gradual em toda a rede de ensino do Rio Grade do Sul.
Para o governador, apesar das divergências sobre o calendário proposto e das manifestações contrárias de setores ligados à educação e grupos de pais, há condições para se chegar a um acordo sobre a questão.
- Eu ainda vejo a possibilidade de um retorno com regras, horários e turmas reduzidos. Mas nada vai ser feito de forma abrupta, sem respeito à saúde das crianças, jovens, familiares e todos que trabalham na educação. O governo do Estado tem compromisso com a saúde - reiterou.
Na semana passada, a Famurs reafirmou posição contrária ao retorno das atividades presenciais em sala de aula, como proposto pelo governo gaúcho. Além disso, a entidade que representa as 497 prefeituras rejeitou a alternativa sugerida pelo Palácio Piratini para que os prefeitos decidam sobre o retorno presencial na Educação Infantil.
Segundo o presidente da entidade, Maneco Hassen, aponta a impossibilidade de transportar os estudantes cumprindo as normas sanitárias de distanciamento e com a devida higienização dos veículos escolares. A necessidade da contratação de servidores em momento de retração econômica, também impedida pela legislação eleitoral, e a escassez dos equipamentos de proteção individual são outros argumentos elencados como obstáculos intransponíveis.
O governo propõe retomar o calendário de forma escalonada, começando em 31 de agosto para Educação Infantil, seguida pela volta do Ensino Superior, duas semanas depois. Na semana seguinte, voltariam os alunos e professores de Ensino Médio. As aulas do Ensino Fundamental voltariam em duas etapas, nas duas semanas posteriores.
Cronograma proposto pelo governo do Estado
31/8 – Educação Infantil (público e privado)
14/9 – Ensino Superior (público e privado)
21/9 – Ensinos Médio e Técnico (público e privado)
28/9 – Ensino Fundamental – anos finais (público e privado)
8/10 – Ensino Fundamental – anos iniciais (público e privado)