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Agricultura

Dalberto confirma arrendamento de unidades da Cotrimaio

Dalberto confirma arrendamento de unidades da Cotrimaio
Rádio Colonial FM 94,7 · SILCEU DALBERTO
  • 21/09/2020 - 20:52
  • Atualizado 21/09/2020 - 21:00

O presidente da Cooperativa Agropecuária Alto Uruguai, Silceu Dalberto, deu mais detalhes da locação das unidades da cooperativa pela Cooperativa Tritícola Sarandi. O contrato entre as duas instituições foi assinado na sexta-feira (18/09) e prevê o aluguel, por um período de sete anos, de 18 pontos de recebimento de grãos, lojas de insumos e produtos agrícolas, rações, área de leite e consultoria técnica agronômica e veterinária. O processo de transição inicia nos próximos dias e deve se estender até o fim de novembro.

Em entrevista à Rádio Colonial, Dalberto explicou que a Cotrimaio, por sua vez, mantém operando sua rede de supermercados, postos de combustíveis e a venda de óleo diesel direto ao produtor.

Segundo ele, a parceria com a Cotrisal foi a solução encontrada para proporcionar segurança aos produtores da região e evitar que a Cotrimaio fosse submetida a liquidação judicial.

Dalberto disse que a prioridade durante a negociação foi preservar os associados e o quadro de funcionários. Neste sentido, está acordado que a Cotrisal vai pagar aos agricultores 20% a mais pelos grãos entregues à cooperativa.

Questionado se a atual diretoria reconhece que cometeu eventuais erros administrativos, Silceu Dalberto rechaçou essa hipótese e afirmou que a Cotrimaio vinha conseguindo cumprir as obrigações previstas no plano de recuperação, iniciado em 2013, com êxito, até o dia 30 de maio deste ano. Em 2019 foram pagos R$ 20 milhões e neste ano R$ 7 milhões em dívidas que levaram à cooperativa ao processo de recuperação.

A valorização histórica da soja puxada pelo câmbio e os efeitos inesperados da pandemia, no entanto, provocaram um desencontro entre receitas e despesas, comprometendo o capital de giro da cooperativa.

- Se olharmos lá para 2010, de cada um real que a Cotrimaio tinha de patrimônio, ela devia dez reais. Hoje, para cada um real que ela tem, deve dois reais e trinta centavos. O problema não é de agora. Vem de muito tempo. – afirmou Dalberto.

Dalberto revelou que não é só a Cotrimaio que está devendo para produtores, pois alguns também não cumpriram contratos e estão pendentes com a cooperativa.

Dalberto explicou ainda que as metas de recuperação da Cotrimaio precisarão ser revistas. A nova projeção é que a cooperativa vai levar mais dez anos para pagar as dívidas e concluir o processo de liquidação extrajudicial.

A Cotrisal, que em 2019 teve faturamento de R$ 1,8 bilhão e sobras de R$ 109 milhões, tem sede na cidade de Sarandi.

Fonte: Redação