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Agricultura

Conseleite-RS anuncia valor de referência do leite para outubro

Conseleite-RS anuncia valor de referência do leite para outubro
Carolina Jardine
  • 30/10/2024 - 17:20

O valor de referência do leite projetado para o mês de outubro é de R$ 2,5844 no Rio Grande do Sul. O indicador foi divulgado nesta terça-feira (29/10) durante reunião do Conseleite-RS, na sede do Sindilat, em Porto Alegre (RS).

A projeção, lastreada nos dados dos primeiros 20 dias do mês, está acima do projetado em setembro, o que sinaliza uma recuperação de preços no Estado. Segundo o vice-coordenador do Conseleite, Darlan Palharini, que conduziu a reunião. “Há uma certa estabilidade no mercado nos últimos 90 dias, que fortalece toda a cadeia produtiva. Esperamos que essa harmonia se mantenha”, disse.

O economista e pesquisador da Embrapa Gado de Leite Glauco Carvalho, destacou que, embora o cenário para 2025 seja positivo, existem desafios que podem impactar a rentabilidade no médio prazo, avaliou na manhã desta terça-feira (29/10) em reunião do Conseleite, na sede do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS), em Porto Alegre (RS).

Carvalho apontou que a estabilidade dos preços do leite está atrelada a um crescimento econômico projetado em 3% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024, impulsionado pela expansão do crédito e consumo das famílias. No entanto, ele enfatizou a necessidade de maiores investimentos para garantir o desenvolvimento sustentável do setor.

Um dos principais desafios mencionados é a competitividade do leite brasileiro frente aos produtos importados, cuja entrada no mercado nacional tem aumentado. Carvalho informou que, de janeiro a setembro de 2024, as importações de lácteos cresceram 6%. Ele destacou que a diferença de preços é um fator que favorece a importação, com o leite em pó nacional custando R$ 27,87 e o importado R$ 20,28.

“A importação tende a seguir elevada, pois o produto importado está mais competitivo. A medida do governo para limitar a importação tirou o laticínio da jogada, mas as compras seguem via tradings e varejistas”, disse Carvalho. “O que preocupa é que nossa produção está perdendo participação no abastecimento doméstico”, completou.