Governo define alta de juros do crédito rural na safra 25/26

O Conselho Monetário Nacional (CMN) oficializou, em resoluções aprovadas em reunião extraordinária publicadas nesta terça-feira (1º de julho), o aumento das taxas de juros das linhas de crédito rural do Plano Safra 25/26.

Em nota, o Ministério da Fazenda informou que os juros passaram de 12% para 14% no caso de custeio e comercialização de grandes produtores em relação à safra passada; de 10% para 12,5% no crédito de investimento e de 11,5% para 14% nas linhas para cooperativas de produção agropecuária.

No Pronamp (médios produtores), a alta foi de 8% para 10% para custeio e investimento. Também houve reajuste em linhas específicas de investimentos: de 11,5% para 13,5% no Procap-Agro, de 10,5% para 12,5% no Proirriga, de 10,5% para 12,5% no Inovagro, de 11,5% para 13,5% no Moderfrota para grandes produtores e de 10,5% para 12,5% no caso dos médios, de 11,5% para 13,5% no caso do Prodecoop, de 7% a 8,5% para 8,5% a 10% no RenovAgro e de 7% a 8,5% a 8,5% a 10% no PCA.

Já no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), algumas linhas foram preservadas.

“As taxas de juros mais baixas serão aplicadas aos financiamentos contratados por agricultores familiares do Pronaf. Nas operações destinadas a cultivo de produtos da sociobiodiversidade, produtos inseridos em sistemas de base agroecológica e sistemas orgânicos de produção, a taxa de juros foi mantida em 2% ao ano”, disse o Ministério da Fazenda, em nota.

“No caso de itens relacionados à produção de alimentos a taxa de juros foi mantida em 3%”, completou.

Também foram mantidas as mesmas taxas de juros praticadas no ano agrícola 2024/2025, para os itens de investimento e equipamentos e tratores, bem como para o Pronaf Floresta; Pronaf Semiárido, Pronaf Jovem, Pronaf Grupo “B”, Pronaf Agroecologia e Pronaf Produtivo Orientado.

Os juros subiram de 6% para 6,5% no caso do custeio para aquisição de animais destinados a recria e engorda; operações destinadas ao cultivo de milho que, somadas, ultrapassem o valor de R$ 25 mil.

Já o custeio para cultivo de soja e algodão ou para a criação de gado de corte por agricultores familiares terão juros de 8% ao ano, faixa que não existia anteriormente.

Os juros também passam de 6% para 8% no caso de cooperativa da agricultura familiar, para atendimento a cooperados, em projetos destinados à bovinocultura; demais itens de investimento; Pronaf Agroindústria; Pronaf Mulheres - demais finalidades; Crédito de Industrialização – Pronaf Industrialização de Agroindústria Familiar; Crédito para Integralização de Cotas-Partes – Pronaf Cotas Partes; e Crédito de Investimento – Pronaf Bioeconomia para silvicultura.

As informações são do site Globo Rural.