A defesa de Jair Bolsonaro disse ter sido surpreendida com o indiciamento do ex-presidente por crime de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
Bolsonaro e seu filho Eduardo, segundo a decisão, teriam atuado junto ao governo dos Estados Unidos com a finalidade de submeter o funcionamento da Suprema Corte brasileira “ao crivo de outro Estado estrangeiro”.
“Os elementos apontados na decisão serão devidamente esclarecidos dentro do prazo assinado pelo ministro relator, observando-se, desde logo, que jamais houve o descumprimento de qualquer medida cautelar previamente imposta”, diz a nota dos advogados de Bolsonaro.
O advogado Paulo Cunha Bueno afirmou que o pedido de asilo na Argentina foi uma “sugestão” dada por alguém ao ex-presidente.
Bueno disse que a “sugestão” ocorreu em fevereiro de 2024 e foi descartada por Bolsonaro.
“Muita gente mandava muita coisa para ele. Todo tipo de sugestão. Alguém mandou para ele o pedido de asilo em fevereiro de 2024. Podia ter ido, mas não foi. Ele não quis. Não estava em prisão domiciliar nem tinha tornozeleira. Teria condições de se evadir e não se evadiu”, afirmou o defensor.