A Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS) reuniu na quarta-feira (1510) a Comissão Estadual do Leite, em Porto Alegre para definir a pauta de reinvindicações da categoria diante de mais uma grave crise enfrentada pelos produtores no Estado.
Atualmente, os preços pagos ao produtor chegam a ficar abaixo de R$ 2,00 por litro em algumas regiões, valor que, em muitas propriedades, já não cobre sequer os custos de produção. A situação tem gerado grande preocupação entre os agricultores e pecuaristas familiares, além de lideranças do setor.
A federação deve cobrar medidas urgentes do governo federal e de outros órgãos competentes. Entre elas, implementação de cotas de importação ou barreiras comerciais para conter a entrada de leite e derivados dos países vizinhos, compra de leite pela Conab, como mecanismo de regulação de preços e reforço da fiscalização sobre a prática ilegal de reidratação de leite em pó.
Para o vice-presidente da Fetag-RS, Eugênio Zanetti, as medidas precisam ser adotadas com urgência.
“Uma nova crise como essa pode acelerar ainda mais a evasão de produtores da atividade leiteira, o que trará impactos sociais e econômicos graves para o meio rural gaúcho”, destacou.
A entidade afirma que a produção de leite é uma das principais atividades da agricultura e pecuária familiar no Estado, sendo essencial para a geração de renda, a manutenção das famílias no campo e o desenvolvimento regional. Por isso, a Federação segue mobilizada na defesa de políticas públicas que assegurem sustentabilidade e dignidade aos produtores e produtoras de leite do Rio Grande do Sul.