A presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Subseção Três de Maio, Laura Redel, alertou a comunidade sobre o golpe do falso advogado. Há registros de pessoas da região que foram enganadas por acreditarem que estavam conversando pelo WhatsApp com seus advogados verdadeiros.
Conforme Laura, os golpistas se passam por advogados e enganam clientes após acessarem os sistemas eletrônicos do Judiciário em busca de processos judiciais, especialmente aqueles envolvendo pedidos de aposentadorias, pagamentos de precatórios, requisições de pequeno valor ou indenizações. Eles conseguem então os nomes das partes, CPFs, nomes dos advogados e números dos processos
De posse desses dados, os criminosos entram em contato com as vítimas, geralmente via WhatsApp ou ligação telefônica, utilizando número desconhecido. Eles se apresentam como o advogado.
Os golpistas informam, então, que um valor expressivo — o precatório ou a indenização — foi finalmente liberado. Para dar veracidade, enviam documentos falsificados com timbres do Poder Judiciário ou do escritório de advocacia. Afirmam que, para liberação do dinheiro, a vítima precisa pagar custas processuais, impostos ou taxas cartorárias de forma antecipada. O pagamento é solicitado via Pix para contas de laranjas.
- Esse golpe atinge todos os cidadãos. Sabemos de casos em que os golpistas entram em contato por e-mail ou aplicativos de troca de mensagens. Eles costumam dar um prazo curto para que as pessoas façam a transferência para liberar os valores. Eles são convincentes e trabalham com a pressão psicológica.
Os golpistas utilizam também a Inteligência Artificial para imitar a voz dos advogados verdadeiros em áudios com linguagem jurídica para aumentar a credibilidade da fraude, dificultando a desconfiança por parte da vítima.
Laura esclareceu que o Tribunal de Justiça não cobra nenhum valor para a liberação de parcelas e tampouco para o pagamento do saldo ou integralidade de crédito de precatórios